Atividade física na natureza. O que esse blogue pode te falar sobre isso?
Diante da
exuberância das matas que se derramam por encostas, o verde em contraste com o
azul do céu e do mar, emoldurando a “cidade maravilhosa”, quem de nós não
desejou um dia a aventura épica de galgar estes cumes, ou tão somente percorrer
romântica e serenamente cada detalhe de nossa entrecortada orla? (Prefácio do
livro Entre o Mar e a Montanha - esporte, aventura e natureza no Rio de
Janeiro, 2007.)
O blogue Minha Mochila Amarela tem
como objetivo mostrar a cidade do Rio de Janeiro (e além) e também fazer com
que as pessoas se apropriem da cidade como um direito e a transformem em um
verdadeiro parque de diversões a céu aberto, lugar do lazer, da cultura
corporal, do espaço cultural, do respeito, da natureza e da educação.
E essa apropriação se dará na maioria
das vezes (mas nem sempre hahaha) através do esporte de aventura/ecoturismo em uma
perspectiva de educação para o lazer baseada em preceitos de segurança, respeito
ao ser humano, fauna e flora onde quer que estejamos.
Com a propagação de belas imagens em
lugares incríveis como praias, florestas, parques, rios, poços de água natural
e montanhas em redes sociais todos acabam querendo conhecer tais lugares, e
partem para uma aventura.
Lembre-se que essas práticas, por
mais seguras que possam parecer diante de nossos olhos, apresentam sempre um
grau mínimo de risco, por isso, procure sempre respeitar seus limites ao
praticar qualquer atividade física (risco calculado). Se não estiver seguro ou
em plena condição física e psicológica não se arrisque. Busque sempre
orientação adequada para uma prática segura de sua atividade. Respeite as
placas de sinalização e aviso. Respeite a natureza.
Outro ponto muito importante com a
popularização desse fenômeno é o que eu resolvi chamar aqui de produção de felicidade/status através de
fotos em redes sociais digitais (geralmente se dá em ambientes mais
festivos ou requintados, com o intuito de passar uma imagem que muitas vezes
não reflete a realidade ou o estado de espírito da pessoa. Esse fato também é
observado no esporte de aventura) – que consiste em postar fotos em lugares de
beleza descomunal (penhascos, por exemplo) para se obter o maior número de
“curtidas” possíveis e assim se tornar uma pessoa “popular”.
Daí vem o perigo, porque geralmente isso acontece com a pessoa se colocando em risco na busca da melhor foto, do melhor ângulo. Não arrisque sua vida por uma selfie. Não tem cabimento e nem sentido. Nenhuma selfie vale uma vida.
As redes potencializaram imagens,
pessoas, atitude ruins e boas, mas o mínimo que podemos fazer nesses novos
tempos de Black Mirror é sempre ter uma atitude crítica e de respeito com nós mesmos, os outros, os animais e o meio ambiente.
#Viva a vida através de seus olhos e
não pela câmera do seu celular.
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